terça-feira, 10 de maio de 2011

Um dos maiores erros do ser humano é achar que por viver em sociedade, deve compartilhar aquilo que sente com a mesma. Nós já sabemos que as pessoas não estão nem aí para o que sentimos, mesmo assim persistimos em procurar uma base em outro alguém. Talvez, devemos de uma vez por todas aprendermos sozinhos com nossos erros ou com os erros dos outros. Só não ache que culpar os outros pelos erros cometidos por você é aprender, pelo contrário, é desaprender, burrice. Irônico é que quando falo “sozinhos”, falo no plural.

Pedir conselho à um amigo não é nada mais do que pedir uma opinião sobre algo. Mas assim como em toda opinião dada por alguém à respeito de alguma coisa, se utiliza a vida, as experiências do opinante como regras para julgar algo como certo ou errado, bom ou ruim. Haja vista que toda crítica é uma forma de autobiografia. Todavia, por mais que as pessoas se pareçam em muitos aspectos, terão experiências diferentes, suas vidas serão diferentes. Portanto, as regras deverão ser diferentes dependendo da pessoa em questão, e até mesmo para a mesma pessoa, dependendo da fase que ela vive… Afinal, as regras são feitas para ser quebradas, e elas se quebram. Assim como as leis de países diferentes são distintas, as leis da vida (ou melhor, das vidas) também são.

O bom mesmo da vida é isso: Viver intensamente, se machucar, se consertar, cansar de viver intensamente, quem sabe mais tarde voltar a ser intenso… Se arrepender daquilo que não foi feito, fazer, se arrepender daquilo que foi feito, crescer… Viver… Por conseguinte, pare de criar tantas regras para si mesmo, e viva. Ou então, as crie, mas saiba para que as regras são feitas…


Não me basta alguém que apenas entenda meus problemas ou que se identifique com os mesmos. Mas alguém que pelo simples fato de existir, os supra, assim como eu acabe com os empecilhos na vida dessa pessoa. Mesmo que futuramente, ela venha ser responsável por pequenos problemas, será normal. Afinal, todo casal que se ama tem pequenos atritos. E diga-se de passagem, pequenos atritos funcionam como pimenta, arde, mas é afrodisíaca.


Primeira Estação: Olhos falantes.

Um momento que certamente nem a amnésia mais intensa conseguirá me apagar, é o de uma menina sentada no metro, a qual mantinha o olhar fixo no meu, até que nossos olhares se tornaram apenas um olhar… Mesmo que ela estivesse sentindo a maior dor de sua vida, ela não chorava, apenas para não ter de piscar e quem sabe perder algum milésimo de segundo importante do nosso olhar.

- Não sei, sempre fui louca pela Inglaterra. Mas dessa vez, se eu for, ficarei por um longo tempo, por um longo tempo sem você.

Não saía da minha cabeça a ideia de que ela havia passado a ser a coisa mais importante da minha vida e estava pronta para partir. Mas preferi ser maduro e enxergar que essa viagem a faria muito bem…

- Você é louca, mas seria loucura demais ficar por mim, vá!

Só não a disse que o que fez eu me apaixonar por ela, foi sua loucura. Se ela me dissesse ”fico por você”, seria a loucura mais linda que alguém já poderia ter feito por mim, mas obviamente, isso não ocorreu.

Nesse momento eu não conseguia olhar para mais nada a não ser seus olhos lacrimejantes. Uma expressão totalmente insegura, a qual eu percebia pelo fato dela não saber onde por as mãos, tomou conta de nós dois. Ela nem estava falando muitas coisas, embora, Manoela sempre tenha sido uma pessoa de falar muito. Mas as vezes, falar e sentir são coisas inversamente proporcionais.

Eu a segurei pelo pulso, olhei firmemente nos olhos, pronto para dizer “eu te amo menina”, mas não disse. O lado bom é que nós sempre nos entendemos muito bem pelo olhar, logo, mesmo que ela não tivesse ouvido, sabia o que eu queria ter dito. Não é que eu não tivesse certeza do meu sentimento, é que eu sentia demais. Todavia, disso não reclamo, sentir sempre foi a coisa mais importante para mim. Então, ela me disse: ”Eu vou continuar pensando em você na maior parte do meu dia.”

- Você vai ver, não vai demorar muito, você voltará e em breve, estaremos juntos novamente, mais juntos do que nunca.

Eu pronunciei tais palavras, envolvendo-a em meus braços.

- É, meu metro chegou. Acho que é isso então, estou atrasada.

Ela me deu um beijo no rosto, entrou no metro, sentou-se e ficou a me olhar. Queria ter dado o maior abraço que já dei à alguém naquele momento, mas quando dei por mim, já existia uma barreira entre nós. É, mais uma fez o meu sentir me impossibilitou de fazer algo que eu queria. Sim, eu fiquei sem reação na hora em que a garota a qual me ensinou a conversar pelo olhar, partiu.


Não é que ela não tivesse motivos para ficar, é que ela só os tinha. Então, preferiu partir, partir daquele mundo de tentativas no qual vivia. Visto que cada vez a qual ela tinha certeza que uma tentativa havia sido apenas isto, morria por dentro. E a partir disso, desenvolveu uma anestesia. Entretanto, não era do seu agrado viver anestesiado. Pessoas anestesiadas não sentem dores, mas também não sentem cócegas, ela não queria passar o resto de sua vida assim, então, preferiu partir.


Minha vida é cheia de coisas que não são recíprocas.

Amor, é só mais uma delas.


Coisas exatas não me encantam, nunca encantaram. Gosto do sentimento de incerteza que persiste em existir no final de algo, ou melhor, gosto mais ainda do final que não existe, por ser incerto, logo, não ter um fim ou resultado definido. Caso não fosse a incerteza, aquela tensão a qual existe antes de falar com alguém que você gosta e não sabe se é correspondido, não existiria. Há quem diga que seria melhor, porque seria menos arriscado. Entretanto, qual é a graça de levar uma vida pacata, sem adrenalina!? Considero incríveis aqueles que se arriscam, se aventuram. Aliás, as melhores histórias de amor são grandes aventuras.

Pois bem, não gosto de matérias exatas. Matemática, física e química nunca foram do meu agrado. Mas há um tipo de química pela qual sou fascinado, aquela que ocorre entre pessoas. Todavia, não precisa de toque, muito menos de palavras, existe basicamente no olhar. E não é porque não é necessária a existência destas coisas que as mesmas não existirão. Pelo contrário, tais seres humanos se amam e fazem questão que elas existam.


Só quero alguém que chegue de fininho e me traga o infinito.


As pessoas precisam entender que aquilo que as mesmas consideram ser totalmente feliz é utópico. Todos aqueles que possuem algo sem o qual estariam pior, devem se considerar totalmente felizes. Algo que no caso não é um amor, não necessariamente. Aliás, estar vivo é motivo suficiente para estar completamente bem. Considera-se aqui todos aqueles que partiram, e principalmente aqueles que estão à partir. Certamente, haverá alguém que falará, mesmo que só para si mesmo, que preferia estar morto. Visto que não há motivos para sorrir, talvez por possuir uma vida muito vazia. À este dou um conselho: Abra bem seus olhos, veja o mar de oportunidades que está na sua frente e permita-se mais. Contra-Indicação: Não se jogue, afinal, a queda pode ser fatal. Nunca perca a esperança, mas também não seja esperançoso demais, porque isso poderá ocasionar decepções. Todavia, toda decepção é um grande aprendizado. Às vezes perder o chão, nos ensina a voar. Por conseguinte, você sempre foi e provavelmente sempre será a pessoa que mais te ama no mundo. Nunca espere isso de outra pessoa, talvez da sua mãe. Quem ama, cuida. Portanto, você deve se cuidar. Seja feliz apenas por ser aquilo que você é. Vale lembrar, que você não é somente aquilo ou aqueles que você tem consigo próprio. É meio irônico, mas temos que aprender a ser feliz, todos os dias.


Já dizia filósofo grego Heráclito, tudo é mutável. Você não é diferente, pelo contrário, faz parte deste tudo e está em constante metamorfose. Você muda, e aí, fica tudo novo. “Tudo novo de novo”. Você possuí a sua essência, é claro. Todavia, até o seu lado que mais faz você ser você pode mudar, e mesmo assim, você continua sendo você. Você é formado por uma rede de coisas que influenciam a sua vida, diretamente ou não. Você é aquilo com que você convive. O lugar, o horário e quem te acompanha são coisas que interferem constantemente no que você poderia ter sido, mas nunca será. Mas então, essas coisas interferem ou contribuem para que o seu destino seja traçado corretamente!? Por conseguinte, a melhor definição para o que você é, está baseada no paradoxo de que tudo o que faz você, interfere no que você é. Entretanto, paradoxos não fazem sentido.


Quando estou com alguém gosto de abrir minha cabeça, compartilhar meus planos, desejos e sonhos. E quando me relaciono amorosamente uma pessoa, ela passa a fazer parte de todos os meus desejos. O problema é que se você faz um desejo e conta para alguém, ele simplesmente não se realiza.


Acreditava-se muito nas pessoas e nos sentimentos destas. Mas tal confiança que era depositada em terceiros passou a ser excessiva e assim, responsável por muitas decepções de uma vida. Aliás, decepção é quando exigimos do outro o que ele não pode ou não quer nos dar. Pessoas sonhadoras sempre querem, desejam, exigem muitas coisas, esse é o principal motivo delas se decepcionarem com tanta frequência. Alguns dizem que é ingenuidade acreditar demais nas pessoas ou até mesmo sonhar demais. Ingenuidade é uma coisa que devemos perder quando deixamos de ser crianças. Por conseguinte, não sou Peter Pan, nem Michael Jackson, mas se crescer é isso, eu não quero.


Tudo o que eu preciso é de um amor ideal de uma maneira diferente daquela que idealizei.


Sempre fui muito apegado as minhas coisas, independente do tempo que elas pertencecem à mim. Mesmo que eu não possuísse o maior dos apreços por uma delas, quando ela se vai ou a tiram de mim, eu sinto uma sensação estranha de perda. Perda de algo que nunca tive completamente. Talvez a minha dor seja pelo que aquela coisa poderia ser futuramente. Uma dor que é semelhante àquilo que senti em todas minhas outras perdas, todavia, numa intensidade muito menor devido ao amadurecimento que foi adquirido.

Há quem diga que essa história de possuir várias coisas ao mesmo tempo é egoísmo, que é errado, e por isso as coisas se esvaem de mim. Já existe o antigo dito popular “Mais vale um passarinho na mão do que dois voando”. Embora eu seja uma pessoa que valoriza muito a liberdade, preciso me prender para que algo se torne completamente meu.

O problema é que mesmo que incompletamente, todas as coisas que são minhas, me agradam. Caso contrário, me livro. Mas se uma dessas coisas me considerasse uma coisa, eu não gostaria.


A pessoa amada é uma prisioneira e você é outra, algemados pelo amor.

Vocês podem conviver juntos numa cela. Entretanto, caso isso não ocorra, as pessoas que habitam na mesma que você, certamente serão contra a sua relação com alguém de outra cela.

Seres humanos promovem ironia em suas próprias vidas. Visto que estes almejam algo que os faça bem, mas aquilo que é bem o tempo inteiro é considerado pelos mesmos como rotineiro, chato. Portanto, quando for algemado nunca possua um bom comportamento, porque se você possuir um, poderá ser solto mais cedo.

Haverão momentos que você vai odiar estar com a sua pessoa, todavia você não tem escolha, você está algemado, você está preso, você não consegue fugir… E no fim das contas, o que vai fazer vocês permanecerem juntos é a prisão. Sim, o amor é uma prisão.


Falo de seu cheiro que me vem a mente mesmo que eu não esteja ao seu lado. De seu sorriso sincero e envergonhado o qual predomina nossas conversas. De seu abraço caloroso, pelo qual sou entrelaçado no meio de uma multidão, talvez seja a forma mais simples e bonita que você poderia demonstrar o que sentia por mim naquele momento. Falo de coisas que gosto, que amo… Falo de você.

Mas se for para falar de coisas que eu não gosto em você!? Não consigo, embora estas me façam ficar triste constantemente, elas se esvaem da minha mente como fumaça de cigarro quando penso no que eu sinto por você.

Se me falarem que isso não é amor, eu não acredito. Não sei se há algum outro sentimento tão puro, bonito, arrebatador e cativante assim.

Todavia, estou triste, tenho mil motivos pra te odiar, até quero fazer isto, o problema é que eu não consigo. O momento que não sai da minha cabeça não é o que você disse que apesar de gostar muito de mim, não me ama. O momento que não sai da minha cabeça, que não se esvai, a fumaça que engoli é aquela na qual você disse que me ama, mas já ama outro alguém, mais que à mim.


É bom estar de bem consigo mesmo, embora para que isso aconteça às vezes seja necessário ficar de mal com algumas pessoas queridas por você. Mas caso isso seja realmente necessário, você não é suficientemente querido por estas.

O que te leva a omitir algo de alguém!? Lembra-se que omitir não é mentir, visto que não ouve uma conversa sobre o assunto determinado… Seria a importância que este alguém tem para você!? Não, seria o medo das consequências daquilo que foi feito. Além de que se a pessoa fosse realmente importante para você, fosse realmente amada, você não faria algo em que fosse necessária a omissão.

E então, o seu gostar, o seu amor não importa mais. Até porque o desgostar, o desamor passa a ser cada vez mais frequente. Eu gosto de pessoas as quais são admiradas por mim em sua personalidade. Todavia, medo não é uma característica admirada por mim.

Qualquer um sabe que a coisa mais relevante numa relação é o amor que um sente pelo outro, e você vem conquistando seu espaço no meu coração, no meu coração de desamor, infelizmente. Por conseguinte, não é que eu queria desistir, é que eu não tenho mais vontade de tentar.

Hoje eu fui ao nosso lugar. Aliás, nunca definimos tal ambiente como nosso. Mas ele se definiu como tal. E você, com certeza, saberá de onde falo. Eu estava apaixonado. Todas as mesas estavam lá, todas as poltronas, os biscoitos que comprávamos ao som de músicas nada agradáveis. Algumas pessoas também continuavam lá, exercendo suas funções de figurantes. Apenas algumas, já que estas dificilmente permaneciam conosco. Eu estava apaixonado, já disse. Algo mudou. Eu estava apaixonado por você. Todavia, você é uma pessoa. Logo, você não estava lá.


Não gosto de hipérboles, muito menos de generalizações. Entretanto, sempre é ruim mentir para alguém. Sempre! Ou você mente “bem” e nunca descobrem. “Bem” e não bem. Visto que você não está fazendo o bem a quem você contou, aliás, nem a si mesmo. Ou você mente mal, as pessoas descobrem e na grande maioria das vezes ficam chateadas, algumas chegam até a perder a confiança que haviam depositado em você. É aquela velha história que você precisa de uma vida inteira para construir uma confiança e de apenas um segundo para quebrá-la.

Contudo, acho que quando você mente “bem” é pior. Já que você precisa mentir para você mesmo, caso contrário, acabaria uma hora se contradizendo, a pessoa descobriria, logo, você estaria mentindo mal. E mentir para si mesmo é algo complicado, você passa a adquirir sentimentos por coisas ou pessoas que você desconhece ou simplesmente não deveria sentir nada. E na sua vida passam a existir duas formas de funcionamento cerebral, uma que está acostumada a conviver com as mentiras inventadas por você. Mentiras que uma hora passam a ser “verdade” até para si mesmo. E outra de verdades, a qual você usa cada vez com uma frequência menor.


Olá, Dona Saudade. Estranho eu estar te mencionando. Visto que eu, como uma pessoa normal, ao menos até então, não sinto apreço nenhum por você.

Entretanto, acho que não sou totalmente normal. Pelo o que eu conceituo como tal. E diferente de grande parte das pessoas, não sei se tenho apreço pelas lembranças, sejam estas boas ou ruins.

Aliás, das ruins até gosto… Porque me mostram o quanto eu aprendi e me tornei um ser humano diferente devido a fatos passados. Já das boas, não gosto. Não gosto porque elas trazem você até a mim, Dona Saudade!

Acho que seu cérebro é o seu melhor amigo e inimigo, é a parte mais importante de cada um de nós. Portanto, talvez por isso eu tenha memória fraca. Por meu cérebro ser mais meu amigo que inimigo. E como um amigo fiel, é inimigo de quem é meu inimigo. No caso, inimiga né…

Só para constar, não sinto saudades de você, Dona Saudade!

Teorias existem. Estão ali para que você acredite nelas. Quando não envolvem religião ou superstição, costumo acreditar em tais. Mas num determinado momento, você fica lotado de teorias. Como uma biblioteca na qual existem livros distintos que tratam de como amar, como saber se aquilo que você sente é amor mesmo, se é bom ou ruim…

Mesmo depois de ler a biblioteca toda, é muito difícil de falar do amor. São teorias as quais entram em conflito constantemente. Logo, prefiro me referir à própria…

O ruim de estar com a biblioteca lotada, com todos os livros lidos, por conseguinte ciente de todas as teorias, incluindo aquelas que mais importam para mim, as do amor… É que você possuí medo de pôr estas em prática. E seu medo faz com que você seja o vilão de sua própria história. Todavia, o medo é quem retém grande porcentagem da definição do meu eu. Uma porcentagem, uma parte. Esta que estou acostumado, não gosto, não amo. Nem eu, nem ninguém.

Já o lado bom de estar com a biblioteca lotada, é que por você não ter mais o que ler, começa a escrever.


Você sempre está comigo. Mas, você nunca veio. Você sabe o quanto a sua companhia me faz bem. “Companhia” que no dicionário significa o ato de estar com alguém. O fato de você estar longe fisicamente me vem à tona e me faz mal. Você também sabe disso e diz que vai embora. Mas sei que não estou tão mal, por você não estar somente longe, você está num perto-longe. E caso você fosse embora, eu estaria completamente mal, pois assim, você estaria somente longe. E quando o longe, o distante, passa a definir um relacionamento é sempre um problema, a menos que o relacionamento não exista. É bom convergir meus pensamentos à uma única pessoa, não sei a quanto tempo não fazia isso, não sei se já fiz. Pois é, mesmo que você nunca tenha vindo fisicamente até mim, você está aqui no meu psicológico a toda música de amor que ouço. Mesmo você não tendo vindo, você é mais presente do que todos aqueles que já vieram. O lado bom de você não vir, é saber que você virá, que estaremos somente perto e que você deseja isso. Talvez não tanto quanto eu, mas deseja. Você é quem mais sabe das coisas que penso, você também sabe disso. A gente está e não está junto. Todavia, estou contigo até o dia em que estaremos somente longe. Só desejo que fiquemos o mais perto possível, pelo maior tempo possível. E se for possível também, que o longe seja extinto de nós.

Eu queria ser diferente do que sou, apenas para conseguir omitir umas coisas das pessoas que amo. Apesar de que quando me relaciono com alguém, eu goste de abrir minha cabeça ao máximo para o mesmo. Quem sabe assim, um dia esse ou outro alguém consiga conhecer exatamente todas as minhas vertentes de pensamento. Se eu fizesse isso, eu continuaria sendo eu. Entretanto, não seria quem eu sou nesse momento. Acho que o nome disso é evolução. Todavia, esta nem sempre te faz bem. Afinal, não é você que escolhe evoluir, é o meio ambiente que impõe isso à ti.


Ninguém se importa com você, com quem está por trás dessa pele usada por você quase todos os dias com quase todas as pessoas. Ninguém se importa, a não ser você mesmo. Melhor, ninguém o compreende como você. Por isso que é impossível viver aquele amor repleto de idealizações passadas. This is so sad. Pelo fato de todas as pessoas serem diferente nem que seja num único aspecto. Seja essa diferença na forma de agir, pensar, gostar, fingir, mentir, vestir… Prova desse fato são os gêmeos bivitelinos também chamados de gêmeos naturais, termo este que soa como uma forma de ironia aqui. É incrível como seu modo de estar naquele momento pode interferir nas coisas do mundo. No que que alguém pensa ao seu respeito, por exemplo. Vocês são ideais de uma forma diferente daquela que idealizei. Vocês que não é você, que não são vocês. É, Mister Pen e Mister Paper vocês realmente sabem como me fazer melhor, como ninguém.

Decidi então escrever sobre seus olhares. À respeito de seus olhos, os chamar de lindos não bastaria. Já que estes não são apenas olhos castanhos. São Olhos malvados com uma forte expressão. Dignos de um assassino pertencente a um filme épico. Embora você não seja um, você suga a minha alma, minha compreensão, meu bom senso, todas as vezes que leva seu olhar ao meu encontro. É, você me mata por um tempo. O qual pode durar por menos de um segundo ou por horas. Digamos que eu goste de sofrer, sabendo-se que considero minha morte mais duradoura algo alucinante! Considero teus olhos um enigma. Desejo falar sobre toda expressão contida naquele disfarce, cujo existe por precaução, toda vez que você guia teu olhar até a mim. E você faz isso todos os dias. Talvez você seja apaixonado pelo seu olhar. Daí o motivo de ficar olhando para onde você o encontrará. Mesmo que você nunca tenha me dito. Sei que você sabe aquilo que eu também sei. Sei disso apenas porque quando você guia teu olhar até mim… Você o foca em algo mais preciso. Você o foca em meu olhar.


Déjà vu.

Ouvi falar em algum lugar que após um furacão, vem um arco-íris. Isso realmente é um fato !? Não sei se acredito…

Certa vez sonhei que eu estava preso num poço por um determinado tempo… Mas não foi um sonho qualquer, foi um Déjà vu. Haja vista que meses depois eu estava de fato neste poço. Considerando que as coisas que nós vivemos formam nosso caráter, como você passaria a enxergar o mundo se te retirassem de lá !?

Na certa você seria um ser humano muito mais grato às pessoas e daria um valor bem maior à teus semelhantes. Semelhantes que no caso são todos os terráqueos e não apenas seres humanos. Dos quais grande porcentagem não fazem jus ao conceito de humanidade.

Entretanto, se você conseguisse sair de lá sozinho, você teria um número bem maior de trajetórias a caminhar. Portanto, se você fosse um alguém bem ligado a uma religião você sairia de tal lugar agradecendo à tua divindade, seja ela qual for.

Por acaso, você é um alguém com uma personalidade predominantemente egocêntrica. Então, você sai de lá se gabando por ter conseguido sair sozinho. Além de que, reclamaria por ter gritado e não ter sido ouvido.

Agora uma coisa eu digo, independente de como você fosse, você passaria a dar uma relevância muito maior para coisas cotidianas, as quais geralmente não damos importância. Como o simples fato de ver a luz do dia.

Por conseguinte, não me retiraram, nem saí de lá sozinho. Visto que meu corpo se encontra naquele mórbido poço até os dias atuais. Todavia, hoje sou bem mais leve e livre de muitas lembranças que adquiri ao longo da minha vida. Logo, eu sigo em frente, vivendo a minha morte, procurando meu arco-íris.

Você tem vários destinos à seguir. Cabe somente à você decidir qual seguir. Mas que o Déjà vu me confunde, isso sim é um fato.


Observei um casal que brigava muito, o qual passava a maior parte do tempo brigando, machucando um ao outro. Como pode existir amor nessa relação !? Ela sempre estava com aquela mão leve na cintura, além daquele pé compulsivo que não parava de bater no chão. Já ele geralmente passava aquelas mãos no cabelo, o puxando contra a cabeça e de vez em quando, bocejava em meio a briga. O que fazia com que ela batesse o pé direito no chão com uma força e uma frequência bem maior. Foi então que percebi que eles não estariam juntos, senão pelo amor existente dentro de cada um deles. Logo, ninguém deve julgar o amor alheio. Vale lembrar que não julgar, significa não considerar como algo perfeito, nem como algo terrível. Significa simplesmente considerar como algo insignificante. Falo isso de coração, porque a verdadeira perfeição pode existir naquilo que você considera terrível.


Todos que vêem Sarah com Arthur não enxergam. Embora pareça contraditório, não é. Já que eles não enxergam pelo fato de não verem a realidade do casal e sim a realidade criada por eles mesmos.

Estas falsas visões ao mirarem a Sarah e Arthur, “enxergam” muitas coisas e nada enxergam. São visões, olhares que podem ser considerados covardes porque não miram à frente do casal e apenas olham, falam e acham que enxergam quando este está de costas.

De fato, pouco pode ser enxergado quando se vê alguém de costas. Todavia, pode-se “enxergar” muitas coisas. Logo, “enxergam” Sarah como uma flor, uma couve-flor, um cérebro. Ela seria a cabeça da relação. Já Arthur é visto como uma chama, um espeto. Seria a pimenta, o fogo da relação. E quem cometera os erros. Que na verdade, nem existem.

Caso estes olhos passem a olhar para frente de cada um continuarão sem enxergar. Pois eles vêem Sarah e Arthur com características diferentes. Entretanto isso não pode acontecer caso queiram enxergar o que ele é.

Ele que é um só, que possui sua própria realidade, que não se separa, que é o casal. O qual se formou em seis dias. Uma das coisas mais lindas é saber que seis é o número dele. E ele sabe disso.

Seis, um número mal visto, pelas pessoas vistas como mais puras por grande parte desse mundo de quaisquer uns. Considerado pelos quase-flexíveis como algo mediano.

Mas para Arthur e Sarah o seis significa algo que a maioria das pessoas morrerão sem sentir de verdade. Algo que ocorre na vida de poucas pessoas, sortudas são aquelas que sentem isto mais de uma vez numa mesma vida. Só acontece quando você encontra seu alguém em outro alguém.

Assim como a estrela de Davi que tem seis pontas, cada uma representando uma cor. Que são dois triângulos iguais sobrepostos que quando juntos formam a tal estrela a qual representa a perfeição.

Sarah: - Obrigada, por me tornar uma estrela. Aliás, o que o seis significa para mim é o que existe de mais próximo da total pureza. Embora seja considerado por alguns religiosos como algo abominável, infernal… Que sejamos considerados como capetas. Desde que saibamos que somos juntos uma estrela lá no céu… A estrela de seis pontas.

Prometi a mim mesmo que não escreveria. Não sobre esta parte. Cansei de ter a dor como tema principal. Mas o fato de eu ter cansado não fez com que ela tenha sumido da minha vida. Aliás, ela sempre volta. Ao menos volta com uma menor intensidade. Não pela falta de amor. Mas por excesso.

Assim como depois de várias vezes doente você adquire uma determinada imunidade. É, isso também acontece com a dor sentimental de perder alguém ou saber que nunca teve este de fato.

A propósito… Está para nascer alguém que faça promessas nas quais eu vá acreditar. Eu só acreditei nestas uma vez, aquela vez… E estas promessas não eram de coração, não eram verdadeiras. Eram falsas promessas de uma vida, que nunca existiu e nunca existirá.

Sabe-se que só se promete algo de coração a alguém, quando este é o único possuidor desse. Até então, você não me prometeu nada. Todavia você já nasceu dentro de mim. Logo, já te prometi coisas, indiretamente. E que elas não sejam promessas por toda vida. Afinal, quando algo é denominado como “promessa” não é nada mais do que isto.


Laura

Laura sempre foi uma garota muito sonhadora. Independente se ela dormia ou caso mantinha-se de olhos abertos. Sempre foi de sua preferência sonhar acordada. Já que raramente lembrava-se dos sonhos que tinha enquanto dormia, e com este não iria ser diferente. Para que eu seja mais coerente devo dizer que foram dois sonhos. Embora ambos tenham o mesmo início, estes tem finais distintos.

Início: Laura era muito carinhosa. Embora nunca tenha sido uma pessoa que teve várias pessoas na sua vida. Quando tinha ou quando achava que tinha alguém, cuidava muito bem deste. Bem até demais, eu diria, pelo fato de ser muito possessiva, ciumenta. Mas parecia que Pierre amava tais características.

O que Pierre não gostava em Laura era aquele orgulho existente por trás daqueles olhos castanho-esverdeados. Que fazia com que ela observasse todas as coisas e suas respectivas consequências. Antes de Laura realizar qualquer ação na qual ela precisaria dar o “braço a torcer”, ou nem tanto. Mas ainda sim no ponto de vista dela.

Laura e Pierre viviam um romance. Ao menos Laura vivia. E estar com quem se ama tem sido um dos seus maiores objetivos na vida dela, como já havia comentado com Pierre. Que disse ter isto como um de seus maiores objetivos também. Se Pierre não a amava com a mesma intensidade ou se ele não tinha o mesmo objetivo que Laura, eu não sei. Caso ele não tenha o mesmo objetivo… Ele mentiu para Laura. E Laura não gosta de mentiras. Que matem seus melhores amigos, mas que assumam tal culpa. Só sabe-se que ele fez com que Laura se cansasse de ouvir “hoje não dá” todos os dias. Fazendo com que ela explodisse e discutisse com o amado numa tarde quente, via messenger.

Tal discussão fez com que não se falassem por dois dias. O que era um recorde que eles não pretendiam ultrapassar. Já que nunca deixaram de se falar por causa de nada nestes seis meses de relacionamento. Até que Laura sentiu algo mexer em sua bolsa preta cheia de taxas, era o celular vibrando e tocando “I will be there - Michael Jackson”. A música que toca e faz com que ela sinta seu estômago vibrar juntamente com o celular. Por ser o som que toca quando seu até então amor a liga.

Mas esta vez o estômago vibrou numa frequência maior do que a do celular. Já que ela estava com saudades do amado. Porém não sabia se devia atender ou não.

Sonho 1: Laura deixa o telefone tocar por cinco vezes, com o coração na mão. Não atende nesse dia. Nem nos próximos dias em que certamente o telefone celular voltaria a tocar.

Sonho 2: Laura deixa o telefone tocar uma vez e atende. Pierre diz o que pensava. Laura diz o que sentia. Entram num consenso. Entendem-se. E tentam reconstruir aquilo que vinha sendo construído e destruído ao longo de seis meses.

Entretanto, eu não aconselharia Laura a ter atendido o telefonema. Porque poderia não ter dado certo, eles poderiam ter brigado de tal forma que se um visse o outro na rua, faria o melhor que pudesse para se afastar. O que não aconteceria se Laura não atendesse os telefonemas de Pierre. O que poderia fazer com que ele fosse a procurar pessoalmente. Mas você Laura só saberia o que poderia acontecer, caso atendesse ao telefone. E assim como Laura, eu sou orgulhoso e gosto saber das consequências dos meus atos. Por isso que ela, que eu, precisou, precisamos de dois sonhos.

São ações assim, como o atender de um telefone, coisas vistas como pequenas que podem fazer uma extrema diferença da vida de uma ou mais pessoas. Como é dito na teoria do Caos “Algo tão pequeno como o vôo de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo.”


Vivo pendurado num muro em direção à um beco sem saída. Entretanto certo tempo atrás não era assim. O problema naqueles meses era o excesso de amor que eu fornecia. Já que não recebia o mesmo. Hoje o que me faz viver pendurado é o fato de eu supostamente fornecer mais amor do que recebo. As últimas frases teriam o mesmo significado caso eu não tivesse mencionado o termo “supostamente”.


Perdi meu texto. Mas um dia eu acho. 26. Setembro. Precisava dizer algumas coisas “aleatórias”. “Aleatórias” porque estão relacionadas ao que eu sinto. E como eu falo de sentimentos por aqui, não são tão aleatórias assim. Falando de sentir (…) É como se uma parte de mim estivesse indo embora. Dando tchau. Mesmo que eu saiba que ela voltará. Tenho medo que ela se perca por lá. Que os motivos que estão a levando até lá, sejam bons de verdade. E que isso traga boas consequências para nossas vidas, nossa vida. Isso levou nossa vida a se transformar em duas. Dividir, não tem o mesmo sentido de multiplicar. E o triste é que nossa vida se dividiu. Ou melhor, se dividirá.


Seu coração provavelmente é uma casa. Porém, corações tem sangue e não controlam nossas emoções. Daí o motivo de eu não gostar de atribuir sentimentos a este órgão, e sim ao cérebro. Logo, o correto é que eu diga que meu cérebro é uma casa. Aliás, um casarão. O qual abriga lembranças, pessoas, sonhos e tudo que eu possa imaginar. Assim como toda casa, tem cômodos nela. Procuro estar sempre achando as chaves, abrindo as fechaduras e assim entrando em cômodos que permaneciam fechados até então. Faço isso por curiosidade. Entretanto você nunca sabe o que irá encontrar dentro destes. Você pode achar atrás de uma porta o paraíso e atrás de outra um vão enorme que o levará até o nada. Fazendo com que você faça parte dele ou pior, se iguale ao tal.

Além disso, ainda existem todas aquelas portas já abertas por você. Existem aquelas que nem fechaduras possuem, já que um empurrão é o suficiente para que elas abram-se. O ruim do cômodo que está atrás dessa porta, é que depois que você entra nele, dificilmente dele você escapa. E não gosto de ficar parado num mesmo lugar. Gosto de viajar pela minha casa, já que nela eu posso ir onde eu quiser. Existem aquelas portas as quais você quer fechar após terem sido abertas. Até é algo possível. Todavia é algo muito difícil de acontecer quando você quer. Existem aquelas que você precisou fazer uma força enorme para abri-las. E existe aquela porta com várias fechaduras. E para descobrir o cômodo que está por trás desta, você deverá achar todas as chaves que geralmente estão espalhadas por um labirinto. Achar uma porta assim é algo raro. E como já espera-se, eu não gosto de coisas comuns. Poucas pessoas conseguem entrar em portas assim. Algumas passam a vida tentando e não conseguem. Alguns dos pouquíssimos que conseguem chegam a arrependerem-se. Porque não é certo que você encontrará algo positivo por trás de uma porta destas. Mas eu acho que vale a pena o desafio!

O amor é algo capaz de agir naturalmente, sozinho… Sem interferências de terceiros e principalmente de primeiros. Assim é o amor. Sem aspas.


Me incomoda muito quando dizem que as coisas já não são como eram antes, que elas não se fazem como antes, que hoje tudo é de qualidade inferior. Questiono uma coisa, as coisas se fazem !? É desnecessária uma reposta. Até essa frase pode ser vista como desnecessária, até esse texto. Pois bem, acredita-se que o simples ato de pensar em “sentir” ou fazer algo pode mudar o funcionamento de toda galáxia. Se isso é bom ou não irá depender do ponto de vista de cada um, mas o seu pensamento influencia pelo menos o funcionamento cerebral das pessoas que te circulam, podendo quebrar a homeostase existente dentro de cada ser. Talvez todas essas coisas sejam propositais, mas na maioria das vezes nem são. Chego a seguinte “conclusão”, de todas as coisas a única que se faz é o sentir. Ao contrário do “sentir”.


Charlie

Acabo de conhecer Charlie. Ele estava tão triste, mas soube me dizer precisamente o que se passava. Assim como eu, ele nunca foi de confiar muito nas pessoas. Entretanto sempre acaba confiando um pouco nelas. Como ele já conhecia Giovana há bastante tempo e ambos sempre foram muito leais um ao outro, resolveu quebrar a casca com a qual ele se cobre desde sempre. E uma vez que a casca é quebrada, já era. Afinal, Charlie não conhece nenhuma maneira de colar esta em seu corpo novamente e, na verdade, ele nem queria fazer isso.

Para-se para uma reflexão afim de se chegar em algo mais concreto e chega-se num oceano. Um oceano, fundo, cheio de “respostas” e coisas desconhecidas. Mas imagina, se de todas as pessoas da sua vida, a única que te conhece verdadeiramente ou a que conhece você mais do que as outras pessoas, resolve te trancar juntamente a ela numa sala cheia d’água e peixes que dariam choques sempre que você resolvesse tirá-la do fundo, afim de que ela não morresse afogada. Isso tudo simplesmente porque você dormiu por dois dias. É, também não faria sentido se eu transformasse o texto em algo mais denotativo.

Mas então, Charlie é assim. Adora tentar dar vida a coisas abióticas. Charlie não é humano, nem animal, mas vive, talvez ele seja mais rápido do que a luz, daí o fato de ninguém o avistar. Aliás, de todos os animais conhecidos por mim, ele se assemelha a uma cobra.

Mas ele seria uma cobra de uma espécie que provavelmente nem existe. Assim como cobras, Charlie finge não ter medo, entretanto dá o bote quando se sente ameaçado. Um bote tão fraco, incapaz de ferir mesmo o ser mais frágil. Pra ser mais preciso, ele seria uma cobra pelo fato de trocar de pele. O fato é que Charlie é uma cobra, uma cobra invisível. Logo, ninguém o vê trocar de pele.


Quando me deparei, eu já não estava no lugar de antes, eu já não era aquele de antes. Eu já vivia há alguns dias em outro lugar. Este que embora eu sempre ache que isto é apenas um enigma, vem com a seguinte descrição: Sem definição. Claro ou escuro. Muito ou pouco. Bonito ou feio. Bom ou Ruim. Embora tudo dependa do referencial. São as suas ações, seu ser de cada dia que irá definir o que este universo será para você. Caso você não tenha percebido, eu disse “ser” ao invés de dizer “ser humano”. Sabe o porquê disso ? Devido ao fato de aqui você pode ser o que quiser, sem problemas. A não ser que você mesmo veja problema nisto.

Alguns dias podem ser semanas, meses ou anos. Depois de um início de era cheio de análises, cheguei no resultado. E este disse que eu morava em meu subconsciente.

É de extrema importância ressaltar que resultados não são bem resultados, caso você seja parte do senso comum, ou seja, caso você analise a palavra “resultado” ao pé da letra, de forma radical.

Entretanto eu criei uma nova ideologia sobre este termo. Já que um cientista, por exemplo, diz que chegou ao resultado de uma pesquisa que ele demorou anos para realizar. As pessoas vão, comemoram essa descoberta e passam anos acreditando naquilo. Até o momento em que chega outro cientista, com outra teoria e avança com aquele resultado. E isso não quer dizer que ele estava errado. Ele talvez fosse certo. Mas seria certo para aquele tempo.

A ciência nunca chega no fim. Nada nunca chega ao fim. E isso é lindo.

Logo, depois de uma complexa análise você chega a um resultado. Sendo que você acaba analisando o próprio resultado, numa análise mais complexa ainda. E descobre que o resultado está errado até na maneira como este se chama. Já que o senso comum acha que resultado e final são palavras iguais semanticamente. E esta é uma complexidade maior do que todas mencionadas neste texto. Não vejo problema nisso. E como aqui é meu mundo, eu posso dar às palavras o significado que eu quero.

Código Numeral.

Trinta e dois com vinte e dois dá cinquenta e quatro. Nove vezes seis dá cinquenta e quatro. Cento e oito dividido por dois resulta em cinquenta e quatro.

Assim como números diferentes podem chegar a um mesmo resultado. Duas pessoas diferentes quando juntas podem chegar a um mesmo fim que outras duas. Logo, é como se pessoas fossem números que quando unidos podem se somar, multiplicar, dividir ou subtrair.

É de extrema validez dizer que número de cada pessoa, não tem nada a ver com o quão boa ela é. É algo aleatório. Que alguns podem mudar ao longo da vida. Mas nem para todos é tão fácil assim. Independente se você consiga ou não mudar de número (Particularmente não gosto de pessoas que mudam de número a todo momento), este será uma coisa que te ajudará ao longo da vida ou te condenará por toda eternidade.

É meu caro, sou uma pessoa. Tenho meu número. Entretanto ele é um número que não é nem um pouco persuasivo, pelo fato de quase nunca interferir no resultado da conta, da união. Faz com que tudo seja sempre a mesma monotonia independente da minha vontade, sempre só depende da vontade alheia, do número alheio.

Existem apenas duas coisas as quais eu decido. A primeira é o tipo de conta que eu vou realizar. Sempre opto pelas contas de somar ou diminuir. Porque não gosto que as pessoas se igualhem a mim , nem que elas se tornem coisas indeterminadas. A segunda é se vou querer ou não me relacionar com o número em questão… Todavia, eu sempre opto por me relacionar com este se ele é algo que me atrai. Entretanto os números que me atraem, não são tão bem vistos assim. São sempre parecidos, contudo são números negativos.

Por com seguinte, sou nulo. O zero. Bom é saber que devem existir outros zeros por ai. Zero não é um número negativo. Zero é o mais complexo dos números. Zero é indefinido. E tudo parte deste.

Mutantes.

Seres humanos são mutantes. Uns com mutações mais intensas, logo mais notáveis. Entretanto todos são mutantes. Afinal, graças aos erros cometidos pelas DNA e RNA polimerases ocorrem mutações. Esses mutantes se reproduzem, ocorre uma seleção natural e as espécies ficam diferentes com o passar do tempo. Evoluindo. Sabe-se que evoluir não significa ficar melhor.

Enfim, todos temos poderes. Cada um tem um poder. Todavia são as nossas ações que irão dizer se vamos ser taxados como vilões ou heróis. E não nossos pensamentos.

Mesmo que você quase não apareça no meu filme, você é a principal personagem dele. Você é quem eu conheço e me encanto instantaneamente. Com quem eu falo o tempo todo por um grande-curto tempo. Grande no valor sentimental, curto no valor mais previsível possível. A garota que me faz ir até o conto de fadas que na verdade é um paradoxo em todos os sentidos, sejam estes compreensíveis ou não. A pessoa que me faz andar, sorrir, abraçar, jogar, comer, fotografar. Esperar, esperar, esperar, esperar e esperar… Até hoje esperar. Esperar. Vale lembrar que no meio de tanta espera, o verde e a esperança foram fortes aliados, assim como a dor e as mágoas também. Mas então, você é mesmo a principal personagem do meu filme, você é a vilã.


Nunca acreditei em mágica, crendices, ou pó de pirimpimpim. Jamais ousei confiar na sorte levando-se em conta que ela é algo muito incerto. Pois bem, eu acredito que se você plantar uma semente, regá-la diariamente, ela irá germinar. Isso não significa que ela se tornará uma árvore um dia. Mas mesmo que ela se torne, ainda sim um homem imbecil pode vir e destruí-la. O bom é que ele nunca destrói os frutos que a árvore já havia dado de alimento aos animais ao longo de sua vida.


Me dê uma rede, uma cama, um banco, uma poltrona, uma cadeira ou qualquer outra coisa que me faça relaxar. Com isto eu começo a viajar, imaginar, criar, pensar, viver uma utopia épica criada por mim e para mim. Pessoas são seres dificilmente persuasíveis, pelo menos por mim. Logo, eu sinto a necessidade de criar mentiras na minha mente e vivê-las intensamente no momento que elas acontecem. Porque infelizmente elas sempre somem da minha mente poucas horas depois de terem acontecido. Mas isto não faz com que a significância delas seja menor, pelo contrário elas mudam meu humor o que nenhuma “verdade” consegue fazer. O que dói é que essa mentira é a minha única verdade. Verdade e não “verdade”.


In-gratidão.

Acabo de compreender que você foi a pessoa que fez com que eu mudasse totalmente a minha concepção de mundo. Ouso afirmar que nunca tivera crescido tanto. Mas não te agradeço por tudo isso, não mais. A forma de gratidão que você apresenta a mim definitivamente não me fascina. Além do mais, todo mundo sabe que se cresce, aprende, muda mais e de uma maneira melhor com a dor. Eu aprendi durante muito tempo. Aliás, não conheço ninguém que tenha aprendido tanto quanto eu aprendi. E agora você volta e me diz que me quer de volta. Desculpa, mas agora é a sua vez de aprender.


Acredito que quando nos apaixonamos por alguém fazemos do mesmo nossa prioridade. E é assim pelo tempo que dura o amor. Francamente, não sou daqueles que acreditam que as coisas duram para sempre. Ao menos ninguém nunca conseguiu me provar isso até às 22:51 do dia 21 de junho de 2010. Pois bem, vamos ao que interessa… Acabo de perceber que ficar tentando achar uma pessoa que possa vir à ser minha prioridade, assim como eu posso vir à ser a dela não nos leva a nada, caso você não esteja disposto a se entregar de verdade. Infelizmente ou felizmente, não sei me entregar. Não sou fácil assim. Precisam me conquistar, me ganhar aos poucos. Mas é muito mais fácil me dissuadir do que me conquistar. Assim como é bem mais fácil fazer com que um sonho não deixe de ser isto, do que conseguir transformá-lo em realidade.


Pseudo-Novo-Amor.

Água quente, corpo pelado e cabeça molhada. Banho, me faz pensar… Pensar no amor, naquilo que ora vivo, ora apenas pretendo viver. Esse medo de dizer que estou prestes a amar novamente não é normal. Talvez seja trauma de um velho quase-amor. Ou não. Deve ser medo, medo de dizer que eu mentia mas não sabia quando dizia: “Aguento a vida sozinho, não preciso de ninguém, sou forte”. E se eu mentia mas não sabia, então era verdade, sinceridade, daquelas não tão lindas de se ouvir dizerem. Mas era verdade. Era. Acho que já entendi tudo isso, vou publicar uma verdade. Verdade que diz: “você está amando”. Até porque tudo depende de um referencial. E para que eu classifique algo como verdade ou mentira preciso saber primeiramente a que momento da minha vida estou me referindo. Aliás, isso tudo pode ser futuramente uma grande mentira. Afinal, eu não sei o que é amar de verdade. E eu amo isso.


Depois de um tempo consegue perceber algumas coisas e se estas te fazem bem ou mal. Noites bem dormidas, por exemplo, são ótimos estimulantes quando o referencial é o ato de escrever. Ser interrompido pelo chamar de um telefone, já não ajuda tanto. Pessoas simpáticas demais não são tão atraentes, embora sejam quase sempre as pessoas que eu considero “boas pessoas”. Entretanto, eu sempre “escolho” amar quem eu considero “más pessoas”. É triste, mas tudo que tem um toque maligno me cativa um pouco. Pois bem, acha-se fácil conseguir perceber todas essas coisas. Entretanto acha-se difícil saber optar por um lado, decidir o quanto você está disposto a mudar de si mesmo para ser um alguém melhor. Talvez esse texto não faça o menor sentido, mas quem disse que eu me importo ? É, quem disse está coberto de razão !

Dark - Darkness.

Meu quarto tem sido meu maior refúgio. Refúgio em meu vocabulário atual é algo que me aproxima de mim mesmo. Antes significava algo que me afastava do mundo e me aproximava de você o que não ocorre mais, talvez pelo fato de você não habitar mais em meu mundo. Veja pelo lado bom, você está em meu universo, minha escuridão. Ao contrário do o senso comum acha, minha escuridão não é algo ruim e sim o lado bom. Minha escuridão são meus pensamentos, meus sentimentos. Atualmente, infelizmente, repetidamente, mente e mente só o dinheiro pode fazer com que sejam válidas minhas aplicações de pronomes possessivos.