terça-feira, 10 de maio de 2011

Seu coração provavelmente é uma casa. Porém, corações tem sangue e não controlam nossas emoções. Daí o motivo de eu não gostar de atribuir sentimentos a este órgão, e sim ao cérebro. Logo, o correto é que eu diga que meu cérebro é uma casa. Aliás, um casarão. O qual abriga lembranças, pessoas, sonhos e tudo que eu possa imaginar. Assim como toda casa, tem cômodos nela. Procuro estar sempre achando as chaves, abrindo as fechaduras e assim entrando em cômodos que permaneciam fechados até então. Faço isso por curiosidade. Entretanto você nunca sabe o que irá encontrar dentro destes. Você pode achar atrás de uma porta o paraíso e atrás de outra um vão enorme que o levará até o nada. Fazendo com que você faça parte dele ou pior, se iguale ao tal.

Além disso, ainda existem todas aquelas portas já abertas por você. Existem aquelas que nem fechaduras possuem, já que um empurrão é o suficiente para que elas abram-se. O ruim do cômodo que está atrás dessa porta, é que depois que você entra nele, dificilmente dele você escapa. E não gosto de ficar parado num mesmo lugar. Gosto de viajar pela minha casa, já que nela eu posso ir onde eu quiser. Existem aquelas portas as quais você quer fechar após terem sido abertas. Até é algo possível. Todavia é algo muito difícil de acontecer quando você quer. Existem aquelas que você precisou fazer uma força enorme para abri-las. E existe aquela porta com várias fechaduras. E para descobrir o cômodo que está por trás desta, você deverá achar todas as chaves que geralmente estão espalhadas por um labirinto. Achar uma porta assim é algo raro. E como já espera-se, eu não gosto de coisas comuns. Poucas pessoas conseguem entrar em portas assim. Algumas passam a vida tentando e não conseguem. Alguns dos pouquíssimos que conseguem chegam a arrependerem-se. Porque não é certo que você encontrará algo positivo por trás de uma porta destas. Mas eu acho que vale a pena o desafio!

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